Caminhos abertos rumo ao novo humanismo
Resumo
Meu artigo apresenta uma nova aproximação do desenvolvimento do humanismo cristão no terceiro milênio de um ponto de vista teórico e prático. Assim como, em seu tempo, Tomás de Aquino definiu as cinco vias que o homem deve seguir para provar a existência de Deus, hoje, em nosso contexto cultural, cinco vias são sugeridas para ter acesso ao homem e ao humanismo do futuro. Essas cinco vias são separadas, mas convergentes. Elas receberam nomes que indicam o seu itinerário conceitual: a primeira considera o homem como um ser integral; a segunda o considera como um ser pessoal; a terceira o considera como um ser relacional; a quarta revela o homem como um ser cultural e a quinta o considera como um ser teológico. Estas cinco vias não são o Holzwege heideggariano, mas os itinerários boaventurianos e, ainda melhor, os caminhos seguros para o ser humano em sua jornada rumo a Deus. Todos eles começam no projeto original de Deus que é homem, experimentaram o seu primeiro teste em Adão e alcançaram a sua completude no mistério de Jesus de Nazaré e são agora as principais linhas mestras para a realização do homem no terceiro milênio. A convergência das cinco vias com o ser, que é imago Dei, torna possível pelo nosso contexto antropológico responder à importante questão que todos os homens fazem a Deus: “Nosso Deus e Senhor, quem é o homem?” (Sl 8,1). O novo humanismo cristão pretende dar não apenas uma resposta conceitual ou verbal, mas existencial, quando for possível dizer verdadeiramente de cada ser humano: Ecce homo (Jo 19,5).