O papel dos hábitos e virtudes afetivas, no pensamento de Tomás de Aquino, como fonte de motivação na aprendizagem
Resumo
Quando se procura fazer um diagnóstico das diversas causas da baixa qualidade da Educação Brasileira dos dias atuais, os pesquisadores são, com certa freqüência, levados a centrar o olhar mais nos aspectos externos ou internos da comunidade escolar que influenciam o processo educacional do que em enxergar dimensões mais profundas, como a dimensão antropológica do aluno. Este artigo tem como objetivo tentar ajudar o leitor a entrar mais a fundo nesse olhar e ajudá-lo a ver o que acontece também dentro do estudante. Apoiado nos estudos filosóficos de MacIntyre, Tomás de Aquino e Roqueñi, que resgatam a teoria aristotélica sobre as virtudes, o autor deste artigo propõe mostrar uma possível relação entre a ausência do ensino e da prática das virtudes morais/éticas na educação com a pouca motivação do estudante para aprender. Acredita que, com a volta do aprendizado das virtudes, dentro da comunidade escolar, os alunos poderão desenvolver uma nova motivação capaz de ajudar a superar algumas dificuldades externas e internas dessa comunidade escolar, chamada por ele de motivação transcendental.