Palavras e obras na revelação
Resumo
Tanto no Novo como no Antigo Testamento, a Revelação dá-se-nos em forma de palavras e de obras, de factos, cuja significação costuma ser compreendida pelo acontecimento da palavra. Sem a palavra que interpreta o acontecimento e o seu significado salvífico, e o propõe à fé, não há Revelação em sentido pleno. Embora na obra de São Tomás não existam escritos relevantes especificamente sobre a conveniência da união de palavras e de factos na economia reveladora, podemos reflectir sobre ela – ainda que brevemente – a propósito da economia sacramental; os motivos que se assinalam para esta podem aplicar-se analogamente à Revelação, pois tanto a economia sacramental como a dinâmica da Revelação se referem ultimamente – são participação – à Revelação e ao “Sacramento” em plenitude que é o Verbo Encarnado.